01/02/2004 – Noite de Natal
Tudo havia mudado,
voltávamos a viver, as crianças estavam felizes , era noite de Natal e depois
da festa eu estava na rua da cidade logo de manhã, perto da rodoviária da
cidade e nas ruas, principalmente nas calçadas tinha vários restos que sobraram
das festas que os jovens haviam deixado, com muitas latinhas de cerveja,
garrafas e outros objetos, umas vazias e outras não. No meio de tanta bagunça,
achei um objeto que não consegui distinguir o que era, guardei no meu bolso. As
bebidas geladas estavam escondidas no meio da palha de arroz para que não a
descongelassem e peguei uma sacola e comecei a juntar aqueles objetos que
haviam deixado na rua, sempre pensando no meu filho Miguel, separando o que era
de bom para ajudá-lo a ganhar um dinheiro. Estava com vergonha de fazer aquilo,
achava que era uma coisa inferior e que as pessoas têm que ter uma posição na
vida, de triunfo e felicidade, não depender de coisas recicláveis, mas estava
feliz fazendo aquilo.
Na rua não havia
ninguém como se fosse primeiro dia do ano e de manhã onde as pessoas não haviam
acordado, mas eu estava lá trabalhando para sustentar a minha família.
Graças a Deus.
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